segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pontos Turísticos

A Japão é um país que se destaca pelas várias atrações turísticas voltadas, principalmente, para a História, Arte e Cultura. Em função de sua rica história e do bom desenvolvimento sócio-econômico, podemos encontrar em seu território, locais que atendem ao gosto de vários tipos de turistas. São muitos museus, parques, monumentos históricos, galerias de arte, belezas naturais, arquitetura antiga, etc.

Principais pontos turísticos e culturais do Japão:

Em Tóquio

- Museu Nacional de Tóquio
O maior e mais antigo museu do Japão, foi fundado em 1872. Localiza-se no Parque Ueno, em Taito-ku. Abriga mais de 110 mil objetos de valor arqueológico e artístico de várias eras da história japonesa e de outros países asiáticos, incluindo 87 pertencentes ao Tesouro Nacional Japonês e 610 classificados como propriedade cultural de importância.


- Museu Metropolitano de Arte
O museu foi fundado em 1926 e renovado em 1975. Localizado em Tokyo-to Bijutsukan. Hoje, além de abrigar a maior coleção de arte moderna do Japão, o museu aluga algumas de suas salas para institutos de arte e empresas. No total, o museu conta com seis galerias, uma delas destinada às exibições especiais e as restantes a uma grande variedade de obras de arte.

- Museu Shitamachi
Fundado em 1980. Localizado às margens do lago Shinobazu no Parque Ueno. É dedicado à cultura tradicional de Tóquio.

- Museu da Espada Japonesa
Acolhe uma impressionante coleção de mais de seis mil peças, sendo que 30 delas estão catalogadas como tesouro nacional. As espadas que os samurais usavam eram muito valiosas, tanto por sua efetividade como pela beleza de seu acabamento.


- Parque Nacional Chichibu-Tama
Localizado numa região montanhosa, este tem a peculiaridade de não ser uma região vulcânica e há mais de 20 montanhas com mais de 2.000 metros de altitude. Há também trilhas para caminhadas que são os destinos principais dos amantes do montanhismo. Além disso, a beleza das folhas outonais que reluzem nas águas são de encher os olhos. Animais como veados, macacos e esquilos cohabitam com inúmeras espécies de plantas, aves e insetos que satisfazem os gostos de todos os tipos de amantes da natureza.

- Parque Nacional Meiji no Mori Takao
Localizado em torno do Monte Takao, particularmente no sul da Hachioji. É um parque muito bonito.

- Parque Nacional Fuji-Hakone-Izu
É um parque nacional do Japão que ocupa áreas nas províncias de Yamanashi, Shizuoka, Kanagawa e Tóquio. Este parque compreende o Monte Fuji, os Cinco lagos de Fuji, Hakone, a Península de Izu e as Ilhas de Izu. As cidades mais próximas são Odawara, Fuji, e Numazu.

- Torre de Tóquio
Foi erguida em 1958 e tem exatos 333 metros de altura, treze metros a mais que a Torre Eiffel, na qual foi inspirada. A torre funciona como uma estrutura de apoio para uma antena. Inicialmente prevista para sinais televisivos, antenas de rádio foram instaladas em 1961 e agora a torre é usada para transmitir sinais de rádio e tv juntos.


- Palácio Imperial do Japão
É a residência oficial do Imperador do Japão. Está localizado no distrito de Chiyoda, no centro de Tóquio, próximo da Estação Tokyo. A propriedade imperial tem, aproximadamente, o mesmo tamanho do Central Park, cuja área é de 3,41 km².

- Templo Meiji
Localizado em meio a um lindo bosque, o Santuário Meiji foi construído em homenagem ao imperador Meiji e sua esposa a imperatriz Shoken. O imperador faleceu em 1912 e sua esposa o seguiu dois anos depois. Logo tiveram início as obras de seu santuário, sendo inaugurado em 1920. O edifício original foi destruído durante a Segunda Grande Guerra, sendo reconstruído alguns anos depois.

- Templo Sensoji
Localizado em Asakusa, foi fundado no ano 645, sendo o mais antigo de Tóquio. Cada ano, cerca de 20 milhões de pessoas visitam esse templo, construído em homenagem à deusa Kannon. No recinto do templo de Sensoji, também poderá ver o O-koro, um grande incensório. De acordo com a tradição, a fumaça desse incensório fortalece os fracos e cura os doentes.




Em Osaka

- Castelo de Osaka
Construído em 1583. É um castelo situado no distrito mais central de Osaka. Originariamente denominado como Ozakajo, é um dos castelos mais famosos do país. O castelo encontra-se numa área com cerca de um quilómetro quadrado. Foi erguido sobre duas plataformas preenchidas de terra, com muralhas de pedra aparelhada, cercado por um fosso inundado, à semelhança dos castelos europeus. O edifício central possui cinco andares na parte exterior e oito no interior. Foi construído por cima de uma alta fundação de pedra, de forma a proteger os seus ocupantes dos ataques que poderiam vir do exterior. É um popular ponto de atracção durante a estação dos festivais, e especialmente durante a época das cerejeiras em flôr, quando os campos do castelo se cobrem com vendedores de comida e percursionistas de taiko. Os jardins também acolhem um museu, a grande arena coberta Ōsaka-jō Hōru, e o Santuário Toyokuni dedicado a Toyotomi Hideyoshi.

- Aquário de Osaka
Um dos maiores aquários do mundo, com cerca de 30 mil peixes de 580 espécies diferentes. No aquário principal,“Oceano Pacífico”, onde pode-se observar o maior peixe do mundo, o Tubarão-baleia “Jinbezame”, nadando calmamente e também apresenta o ambiente natural de 10 regiões que rodeiam o Oceano Pacífico, através de 14 aquários gigantescos. Além disso pode-se conhecer os peixes atravessando o túnel transparente chamado “Aqua Gate”, onde vários peixes nadam como no seu hábitat natural.

- Museu da Cidade de Osaka
Fica no interior do Castelo Osaka, contendo objetos e documentos referentes à história do castelo e à família Toyotomi. O sétimo andar oferece uma vista panorâmica da cidade.

- Parque Sumiyoshi
Acredita-se que este santuário, perto da Estação Sumiyoshi-Koen da Ferrovia Nankai, foi fundado no início do século 3 pela Imperatriz Jingu. Embora os atuais edifícios tenham sido reconstruídos em 1808, eles apresentam um estilo arquitetônico específico chamado 'Sumiyoshi-zukuri', e são considerados 'Tesouro Nacional'. A ponte em forma de arco nas imediações do santuário é também famosa no Japão e há muito tempo o santuário é venerado por todos, ricos, pobres, nobres e plebeus.

- Museu Marítimo de Osaka
Foi inaugurado pelo Prefeito da Cidade de Osaka em 14 de julho de 2000. O museu foi construído em terrenos valorizados na Baía de Osaka,e reflete a história marítima da cidade portuária.

- Museu de História de Osaka
o museu conta a história da cidade, com bonecos e reconstituições.

- Parque Tennoji
É um zoológico normal, e o design do jardim zoológico foi criado para imitar o natural, com o ambiente aberto.


- Museu Nacional de Arte
Fica em uma ilha perto do centro histórico da cidade. O museu foi imediatamente apelidado o submarino, porque foi construída abaixo do nível de inundação em torno rios. Construída para substituir um museu nos arredores da cidade, a 145.000 pés quadrados edifício dispõe de dois andares de galeria espaço para exposições temporárias e permanentes e um terceiro andar por serviços públicos. Ela sobe acima da água como uma série de palhetas prateadas formado tubular de aço que começa no subsolo e, em seguida, através de estourar o vidro skyline a altura de 170 pés.



Em Yokohama

- Marine Tower
É uma torre treliçada com uma plataforma de observação a uma altura de 100 metros em Naka Ward. A luz característica é marcada por um flash a cada vinte segundos, sendo que a cor da luz é alternada em vermelho e verde. Yokohama Marine Tower foi inaugurado em 1961 e é o mais alto farol do mundo. Em condições claras, os visitantes podem ver o Monte Fuji a partir do deck de observação a 100 metros de altura.


- Parque Yamashita
Yamashita é um parque público que se estende por cerca de 750 metros. O parque é de cerca de uma centena de metros de largura, e consiste principalmente de espaços verdes. Foi construída após o grande terremoto de Kanto de 1923 . Passeando por Yamashita Park, é difícil perder o transatlântico enorme na água ao lado da avenida. O navio é chamado Hikawa Maru, e foi posto em serviço em 1930 ao longo da linha Yokohama-Vancouver/Seattle. O navio tinha cabines na primeira classe que atraíram os gostos da família imperial e Charlie Chaplin para a viagem transpacífica. Em 1960, após 30 anos no mar, o navio foi reformado. Ela agora serve como um museu, com exposições informativas e de interiores no estilo da década de 1930.

- Yokohama Doll Museum
É um museu de coleção de bonecas, que representa o Japão. O museu exibe cerca de 3500 bonecas do Japão e do mundo. O museu possui bonecas raras de todo o Japão e bonecas folclóricas de mais de 141 países. É um museu de entretenimento desfrutado por pessoas de todas as idades.



Em Nagoya

- Castelo de Nagoya
Localiza-se em Nagoya, na Província de Aichi. A sua primitiva estrutura foi erguida por Shiba Yoshimune, por volta de 1525. Durante a Segunda Guerra Mundial o castelo foi completamente destruído por um incêndio, perdendo-se a maioria de seus objetos de valor; contudo algumas pinturas sobreviveram e encontram-se preservadas até aos nossos dias. Os trabalhos de reconstrução do castelo foram concluídos, modernamente, em 1959.

Artes Plásticas

A principal característica da arte japonesa é uma mistura de harmonia e serenidade, tendo se desenvolvido e sofrido modificações através de vários períodos. Na época pré-budista, as principais formas de arte eram figuras feitas em argila; com a introdução da religião budista no país, os japoneses sofreram grande influência da arte coreana e chinesa, mas souberam dar o seu toque pessoal e gracioso na arte deste período.

A escultura adquire grande destaque e se torna realista, retrata indivíduos e máscaras grotescas. Com a chegada de seitas religiosas, a pintura e a escultura ficam fortalecidas e adquirem elegância e refinamento; surgiram ilustrações de poemas e contos feitas em rolos. Com a introdução no país do Budismo Zen, de origem chinesa, a arte passa a apresentar as características desta seita: refinamento e também solidez e simplicidade. A cerâmica desenvolveu-se criando recipientes belos e úteis para o ritual do chá.


A arte tornou- se então brilhante e os artistas passaram a dar importância aos acontecimentos da vida cotidiana. Gravuras sobre madeiras influenciaram a arte européia. A partir do início do século XX, a arte japonesa sofreu grande influência do mundo ocidental.


Pintura

A pintura japonesa foi influenciada de início, diretamente pela escrita: a boa caligrafia de ideogramas tem até hoje, o valor de um bom desenho. A escrita ideográfica japonesa teve origem na China; ao invés de letras, ela utiliza símbolos que representam coisas e idéias. São milhares de símbolos, de difícil memorização mas, apesar desta complexidade, quase não existia analfabetismo no Japão, desde o fim do século XlX, devido ao "alfabeto" simplificado: 300 símbolos aproximadamente.


Começou como uma expressão do budismo; eram pinturas bastante coloridas que tratavam de temas religiosos. Do século XII ao XIV, a pintura se desenvolveu em rolos de papel ou seda e representava relatos de aventuras, de história e fatos engraçados do cotidiano. No século XIV, surgiu um novo estilo: a aquarela e os rolos pendurados passaram a ser a forma de quadros favorita. No século XVII, surgiu uma nova classe social, composta de comerciantes e banqueiros, que apoiava os artistas que retratavam a alegria e a beleza da vida japonesa. Houve uma grande demanda de quadros, o que levou à impressão de gravuras.


Escultura



Os povos pré-históricos do Japão faziam imagens de argila para serem usadas em esculturas funerárias e pareciam com outros trabalhos semelhantes aos da China.

Durante a época medieval, os escultores deram uma elasticidade à arte de entalhar, retratavam aspectos psicológicos através de expressões faciais e corporais das figuras esculpidas. Preferiam madeira entalhada com colorido dourado, simplificavam a estrutura e davam ênfase a linhas simples.




Arquitetura



Os japoneses assim como os chineses preferem a madeira como material de construção.
O desenho de suas casas permaneceu inalterado por centenas de anos, são térreas, situam-se no meio de jardins rodeados por cerca de bambu, com painéis corrediços de papel separando os cômodos que são arejados; seus telhados são inclinados e esteiras de palha cobrem seus pisos de madeira.
Apesar da forte influência chinesa, a arquitetura do Japão adiciona seus próprios elementos, geralmente com casas construídas acima do solo, que são sustentadas por pilares, feitas de madeira aparente e telhado de sapé.

O palácio de Katsura, construído no séc. XVII, é um dos mais belos exemplos da arquitetura japonesa.






Uma das formas de arquitetura que permanece até hoje é do santuário. É uma construção simples de cipreste japonês, onde se mistura a natureza e a construção, neste caso se encontra o santuário de Ise Jingu.Com o intercâmbio entre japoneses e europeus a partir do século XVI, a arquitetura japonesa sofreu influências do ocidente, e atualmente é muito forte a influência norte-americana. Hoje, apesar de sua arquitetura ser bem ousada, mostra sempre algum ponto que a ligue a sua cultura tradicional.






Gravura Ukiyo-e

Estilo de pintura criado por Hishikawa Moronobu, no século XV.
A maioria dessas pinturas era feita em blocos de madeira, xilografia (arte de reproduzir imagens e textos por meio de pranchas de madeira gravadas em relevo).
Primeiramente em preto e branco, depois entraram outras cores e os artistas começaram a retratar heróis do palco, mulheres famosas por sua beleza, personagens históricos e lendários. Tornou-se uma forma de arte muito popular, pois permitia uma produção em massa. Até hoje é uma forma de arte das mais apreciadas.

Televisão

No Japão existem cerca de 100 milhões de aparelhos de televisão em uso, e considera-se a principal forma de entretenimento e informação da população. A programação de televisão é bastante variada, sobretudo com dramas, notícias, jogos, séries de anime, etc.


Novelas e Minisséries
A curta duração é uma das características da teledramaturgia japonesa. Antes de mais nada, é preciso entender que, enquanto as novelas brasileiras ficam no ar por mais de três meses e em exibição diária [seis vezes por semana], as novelas japonesas, com raras exceções, são exibidas uma vez por semana, num total de 12 capítulos. Assim sendo, a trama da novela japonesa é bem mais compacta que a da brasileira e o número de personagens é bem menor.
Isso acontece porque, no Japão, as novelas giram em torno de um único núcleo de personagens. Diferentemente das novelas latino-americanas, as produções japonesas não desenvolvem nenhum trama paralela. Normalmente, o enredo se restringe a uma família, ou a funcionários de uma empresa, alunos e professores de uma escola, etc.
As telenovelas são muito parecidas com os seriados americanos. Existe muita narração, principalmente do próprio personagem. As novelas japonesas poderiam ser definidas mais como congêneres das séries norte-americanas do que das telenovelas latino-americanas, já que são exibidas, em geral, em curto espaço de tempo e com uma trama conflitual muito definida. É um enredo fechado, quando se começa a exibição, já se sabe que só terão 12 capítulos para desenvolver a trama e encerrá-la, ao contrário dos enredos abertos que constituem as telenovelas latino-americanas.
Um fato curioso é que, diferentemente do que ocorre no Brasil, no Japão, as novelas dificilmente atingem um público diversificado. Isso acontece porque, no arquipélago, as novelas são produzidas de acordo com cada faixa etária. Por exemplo, os dramas familiares e históricos fazem sucesso junto com os espectadores com mais de 50 anos. Já as produções baseadas em mangás, ou com enredos escolares, são a sensação entre o público de 10 a 29 anos.
Outro aspecto que chama a atenção é o fato de as novelas serem produzidas de acordo com cada horário e estação. Existem novelas programadas especialmente para o horário matutino, para o vespertino, o noturno e até mesmo para serem exibidas de madrugada.
No Japão, as telenovelas são marcadas por lágrimas e drama. A história tem que fazer as pessoas chorarem. Se não o fizer, não tem audiência. Mesmo em trabalhos cômicos, há momentos mais sérios que tocam os sentimentos de quem os assiste. Além disso, o desfecho das tramas nem sempre é feliz.
O que primeiro salta aos olhos em um contato inicial com as novelas japonesas é a história, tão diferente das produções brasileiras. Há uma riqueza tão grande tratando-se de enredos no Japão, que elas inclusive, são classificadas por gêneros:

•Drama familiar (Homu Dorama): uma determinada família é o núcleo central da história e a novela retrata as relações entre os membros. Exemplos: Ichi Rittoru no Namida e Kamisama mou sukoshi dake.


•Drama escolar (Sukuuru Dorama): neste gênero, são trabalhadas as relações entre os alunos, as relações destes com os professores, as relações dos professores entre si e todos os problemas que envolvem a escola, com destaque para o "ijime" (maus-tratos na escola). Exemplos: Life e Nobuta wo produce.


•Drama de trabalho (Shokugyou Dorama): o foco é uma empresa, de qualquer segmento, as relações com os colegas de trabalho e de que forma isso influencia em sua vida fora do trabalho. Exemplo: Anego.


•Drama feminino (Torendi Dorama): o núcleo principal é o romance entre os personagens. Exemplo: Beautiful Life.


Existem ainda novelas baseadas em mangás e em fatos históricos do Japão. Além dos gêneros, as novelas costumam ter públicos de faixa etária bem definidas. "Em geral, os dramas familiares e históricos fazem mais sucesso junto aos espectadores com mais de 50 anos; e os escolares e baseados em mangás, junto aos espectadores entre 10 e 19 anos. Atualmente, no Japão, uma novela raramente consegue atingir faixas etárias diferentes.
Algumas características da produção japonesa ajudam a manter essa variedade nas histórias. Em primeiro lugar, os japoneses aceitam finais "infelizes" com mais facilidade que os brasileiros. Por exemplo, nas novelas japonesas, nem sempre os protagonistas sobrevivem ou ficam juntos no final.
O fato de as novelas serem exibidas por estações do ano, além de haver um horário de transmissão de acordo com o gênero e de manter uma média de dez episódios, contribui para que os espectadores não percam o interesse, o que às vezes acontece com as novelas brasileiras. Isso possibilita, ainda que por vezes com pouca audiência, que sejam exibidas novelas que abordam temas ainda polêmicos como o 'ijime', o homossexualismo, os problemas raciais e outros.
Outro aspecto peculiar nas novelas japonesas é o perfil dos atores. Diferentemente do que acontece no Brasil, um cantor pode muito bem atuar e vice-versa, sem receber críticas severas. Isso porque o artista não é visto pelo público nipônico como um profissional que pode exercer apenas uma das duas opções.



Animes e Mangás
A palavra anime tem significados diferentes para os japoneses e para os ocidentais. Para os japoneses, anime é tudo o que seja desenho animado, seja ele estrangeiro ou nacional. Para os ocidentais, anime é todo o desenho animado que venha do Japão. A origem da palavra é controversa, podendo vir da palavra inglesa animation ("animação") ou da palavra francesa animée ("animado"), versão defendida por pesquisadores como Frederik L Schodt e Alfons Moliné. Ao contrário do que muitos pensam, o animê não é um género, mas um meio, e no Japão produzem-se filmes animados com conteúdos variados, dentro de todos os géneros possíveis e imagináveis (comédia, terror, drama, ficção científica, etc.).
Uma boa parte dos animes possui sua versão em mangá, os quadrinhos japoneses. Os animes e os mangás se destacam principalmente por seus olhos geralmente muito grandes, muito bem definidos, redondos ou rasgados, cheios de brilho e muitas vezes com cores chamativas, para que, desta forma, possam conferir mais emoção aos seus personagens. Animes podem ter o formato de séries para a televisão, filmes ou OVAs.


Os animes apresentam características bastante distintas, como o uso de uma direção de arte ágil, enquadramentos ousados e a abordagem de temas variados, como ficção científica, aventura, terror, infantil e romance. É bastante comum, mesmo nas produções infantis, encontrar situações de humor adultas.
Há também na animação japonesa grande presença de personagens bem-humorados, mesmo que alguns tenham uma conotação homossexual. As duas características são reflexos da cultura japonesa, onde não há muita distinção entre homossexuais e heterosexuais, mas fora deste contexto, como no Ocidente, essas ações acabam por ser muitas vezes mal interpretadas, levando em muitos casos à censura e adaptação de personagens.
Em muitas produções pode-se conferir caracterizações exageradas de sinais visíveis de sentimentos, como:



  • gota de água que aparece do lado do rosto do personagem representando constrangimento;

  • diminuição súbita do personagem representando vergonha ou medo;
    nervos estilizados, dentes ou chifres aparecendo repentinamente nos personagens representando raiva ou maldade.

  • A voz também é um elemento muito importante num personagem. Elas são selecionadas de acordo com a personalidade dos personagens. Vozes muito poderosas, infantis, estridentes, harmoniosas ou cavernosas fazem parte do universo de qualquer anime, e os dubladores ou seiyu são alvos da admiração de muitos fãs.

Cinema

O cinema do Japão tem uma história que abrange mais de 100 anos. O Japão tem uma das mais antigas e maiores indústrias de cinema no mundo, sendo atualmente o terceiro maior em número de filmes produzidos. Os filmes começaram a ser produzidos no Japão desde 1897, quando os estrangeiros cinegrafistas chegaram pela primeira vez no país.
O cinema japonês se divide em vários gêneros:

Anime
São filmes animados com conteúdos variados, dentro de todos os gêneros possíveis e imagináveis (comédia, terror, drama, ficção científica, etc.).
Uma boa parte dos animes possui sua versão em mangá, os quadrinhos japoneses. Os animes e os mangás se destacam principalmente por seus olhos geralmente muito grandes, muito bem definidos, redondos ou rasgados, cheios de brilho e muitas vezes com cores chamativas, para que, desta forma, possam conferir mais emoção aos seus personagens. Animes podem ter o formato de séries para a televisão, filmes ou OVAs.

Jidaigeki
O nome significa "drama de época", e o período é geralmente entre 1603-1868. Jidaigeki mostra a vida dos samurais , agricultores, artesãos e comerciantes deste momento. Eles têm um conjunto de convenções dramáticas, incluindo o uso de maquiagem, linguagem, slogans, e enredos.

Samurai Cinema
É um subgênero do jidaigeki, também conhecido como chambara (onomatopéia que descreve o som de espadas em choque).

J-Horror
Tende a se concentrar em terror psicológico e a construção de tensão por antecipação, particularmente envolvendo fantasmas e poltergeists. Muitos contém temas de religião e folclore, tais como: a possessão, o exorcismo e a premonição.

Kaiju
São filmes de terror geralmente inspirados em animais convencionais, insetos ou criaturas mitológicas, no entanto, há exemplos mais exóticos. Temos como exemplos: vampiros, lobisomens, Frankenstein, múmias e zumbis.

Pink filmes
São filmes eróticos, destinados a adultos.

Yakuza
É um popular gênero do cinema japonês, que aborda a vida e as relações de yakuza, também conhecido como mafiosos japoneses.

Gendaigeki
São filmes cujas histórias são dramas contemporâneos da vida no mundo moderno.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Teatro

O teatro tradicional do Japão, que inclui o nô, o kyogen, o kabuki e o bunraku, tem como característica, diferentemente do teatro ocidental, a união entre a representação, a dança e a música — o canto e os instrumentos musicais. Sua origem está associada à religião tanto mitologicamente quanto historicamente. Mitologicamente atribui-se a origem do teatro no Japão a dança da deusa Uzume. Segundo o Konjiki, um dia os deuses Izanagi e Izanami teriam enviado seu filho Suzanoo para a Terra de Yomi (Terra dos Mortos) como castigo por suas más ações. Antes de partir, ele resolveu visitar sua irmã mais velha, a deusa do Sol, Amaterasu. Suzanoo pregou várias peças em Amaterasu e esta, irritada, se refugiou em uma caverna, mergulhando o mundo em escuridão. Preocupados, os deuses se reuniram para pensar em uma maneira de fazê-la sair de lá. Resolveram dar uma festa na frente da caverna. Em dado momento, a deusa Uzume, munida de uma lança e de um capuz, começou a dançar em cima de um barril em meio aos deuses fazendo com que todos rissem. O barulho atraiu Amaterasu trazendo a luz de volta ao mundo. Depois disso, Suzanoo foi castigado. Uzume teria descido a Terra e dado origem a família imperial e às primeiras sacerdotisas. Historicamente, as danças religiosas que eram executadas em templos, santuários e festivais como a kagura — dança xintoísta —, a gigaku e a bugaku — danças budistas com origem na Índia e China respectivamente —, além de danças populares como a dengaku e a sarugaku deram origem as formas tradicionais de teatro no Japão.




História
O nô existe com poucas alterações desde o século XIV. Ele foi criado pelo ator e dramaturgo Kan'ami (1333–1384) quando este uniu o sarugaku com música e dança. Esta nova arte lhe rendeu o reconhecimento e patrocínio do xogum Ashikaga Yoshimitsu (1358-1408). Quando Kan'ami morreu, seu filho Zeami (1363–1443) deu continuidade ao trabalho do pai escrevendo peças e delineando com mais clareza as características do nô em uma série de ensaios. Com o fim do xogunato Muromachi, o nô passou a ser patrocinado por Toyotomi Hideyoshi (1536-1598) e depois pelo xogunato Tokugawa. Durante o Período Meiji, o nô sobreviveu com a ajuda da nobreza e o trabalho de autores como Umewaka Minoru (1828–1909), Hosho Kuro Tomoharu (1837-1917) e Sakurama Banma (1835-1917), os três mestres da Era Meiji. Após a Segunda Guerra Mundial o nô teve que depender basicamente de entusiastas para sua continuidade.
Características
O palco do nô, todo confeccionado em cipreste japonês, é composto basicamente de uma parte principal (butai) e de uma plataforma ou passarela (hashigakari). Esta passarela serve para ligar a parte principal do palco aos bastidores através de uma cortina de três ou cinco cores (agemaku). Originalmente o palco ficava ao ar livre, mas no presente é comum que fique dentro de prédios maiores, o que explica a existência do teto em estilo xintoísta. À frente do palco e da passarela estão uma escada de acesso (kizahashi) e três pinheiros. Os músicos (hayashikata) e o coro (jiutai) ficam respectivamente na parte de trás (atoza) e à direita (wakiza ou jiutaiza) do palco. Dependendo da necessidade da peça, pode haver três ou quatro músicos que tocam uma flauta e os tambores tradicionais do Japão. O único cenário é composto de um pinheiro e um bambu desenhados na parte de trás do palco. Todo o contexto da peça será dado pelas falas das personagens e do coro. A função do coro é apresentar o pensamento e recitar as falas da personagem principal. No nô, a personagem principal (shite) e, por vezes, algumas secundárias (tsure), utilizam máscaras. Há vários tipos de máscaras que podem ser agrupadas em três grupos: mulher jovem, homem idoso e demônio. A emoção expressa pela máscara pode mudar de acordo com a iluminação.Além das máscaras, as fantasias utilizadas pelas personagens também são uma característica importante do nô. A personagem principal, por exemplo, utiliza uma roupa com cinco camadas e também pode utilizar uma peruca vermelha ou branca. Para destacar a expressividade dos movimentos com as mãos, as personagens podem se valer ainda de um leque (chukei), usado para representar objetos ou auxiliar ações. Tudo isso gera um contraste entre o cenário simples e os movimentos contidos da personagem e os adereços chamativos utilizados.


Kyogen

História
O kyogen tem as mesmas origens do nô, o sarugaku. Seria durante o século XIV que passaria a existir uma diferenciação entre o sarugaku sério, isto é, o nô e o sarugaku humorístico, o kyogen. Sendo assim, eram interpretados em conjunto e vistos como uma unidade e, por isso, o kyogen também ganharia o patrocínio da elite aristocrática durante os séculos seguintes a sua criação.
Características
Falas, acompanhadas de movimentos dramáticos. Enquanto o no tem apenas um personagem principal, no Kyogen, dois personagens ou dois grupos de personagens são lançados um contra o outro e dialogam de forma coloquial. Na maioria das vezes não se faz uso de instrumentos musicais, mas quando isto ocorre, os músicos são colocados na lateral do palco e os instrumentos são tocados parcialmente. Comparado ao no, o Kyogen possuía um apelo muito maior junto ao público em geral.


Kabuki

História


Atribui-se a "criação" do kabuki a uma trabalhadora do santuário Izumo em Quioto chamada Okuni em 1603. A princípio a palavra kabuki significava algo chocante, pouco convencional e foi aplicada ao estilo de dança de Okuni e dos grupos de artistas que a imitavam (kabuki-odori). Nessa época, o kabuki era representado em geral por mulheres (onna kabuki) e muitas delas também prostituíam-se. Por causa disso o governo proibiu as mulheres de representarem o kabuki em 1629. Essa proibição fez o kabuki representado por homens jovens (wakashu kabuki) se tornar popular. Contudo os homens jovens também se prostituíam e, por isso, em 1652 o governo proibiu os homens jovens de serem atores. Restou a permissão aos homens adultos (yaro kabuki) que ainda deveriam ser registrados e evitar apresentações sensuais. No século seguinte, o século XVIII, o kabuki desenvolveu-se muito. Foram criados novos estilos de representação como o aragoto por Ichikawa Danjuro I e o wagoto por Sakata Tojuro I; o papel dos onnagata, atores que representam papéis femininos, foi refinado; e o kabuki viu-se envolvido em uma relação de competição com o teatro de marionetes, o bunraku. Várias peças do bunraku eram adaptadas para o kabuki, levando os atores a imitarem os movimentos dos bonecos e vice-versa. Também houve adaptações na estrutura do palco, introduzidas a partir do palco do nô, com a criação das passagens em meio a platéia, chamadas hanamichi, e o uso do palco giratório pela primeira vez em 1758. Após o fim do xogunato Tokugawa em 1868, o kabuki passou por algumas tentativas de reforma com a inclusão de roupas e idéias ocidentais que não foram bem aceitas. No século XX autores como Mishima Yukio e Okamoto Kido envolvidos no movimento Novo Cabúqui (Shin kabuki) criaram novas peças ou reescreveram antigas. Ao contrário das outras formas de teatro tradicional do Japão, o kabuki continua sendo muito popular e os atores são chamados para interpretar personagens em filmes e na televisão.
Características
Há várias formas de classificar o repertório do kabuki, como pelo tema ou pela sua origem. De acordo com o tema, as peças podem ser divididas em três tipos: as peças históricas (jidai-mono), as peças com temas cotidianos (sewa-mono) e as peças que destacam a dança (shosagoto). Já ao se classificar as peças de acordo com sua orgiem, pode-se diferenciar entre aquelas criadas especificamente para o kabuki, as influenciadas pelo bunraku (gidayu-kyogen) e as do shin kabuki (novo cabúqui). As peças históricas tratam de incidentes envolvendo a classe dos samurais ou dos nobres. Isto tinha que ser feito de maneira disfarçada, por causa de proibições do governo Tokugawa de se apresentarem acontecimentos posteriores ao período Sengoku. Podem ser subdivididas ainda de acordo com o período ao qual se referem em Ochomono, do período Heian para trás; e Odaimono dos "tempos imperiais". As peças de temática cotidiana são mais realistas que as peças históricas e apresentam acontecimentos cotidianos da época como roubos, assassinatos e suicídios. Aqui há também uma subdivisão envolvendo as peças que tratam das pessoas das classes inferiores, as Kizewa, as quais foram muito populares no começo do século XIX. As peças que destacam a dança servem mais para demonstrar a técnica de um ator. A princípio eram tratadas como especialidade dos onnagata, os atores de papéis femininos, mas a partir do século XVIII, atores de papéis masculinos também passaram a interpretar estas peças. Atualmente há várias subdivisões de acordo com a temática da peça. O kabuki é uma forma de teatro em que os atores buscam demonstrar suas habilidades. Uma característica importante do kabuki é a maquiagem (kumadori). Ela é utilizada exclusivamente nas peças de tema histórico. As cores e os desenhos referem-se a características das personagens, de forma que a cor vermelha simboliza uma personagem boa, enquanto a vermelha, uma má. As fantasias usadas nas peças de temática cotidiana imitam as roupas do período Edo e as usadas nas peças históricas são muito parecidas com as usadas por pessoas comuns nesse mesmo período, mesmo quando a história se passava em algum período anterior. Os acessórios usados no kabuki podem ser divididos entre aqueles que são comuns do dia-a-dia (hommono) e os objetos criados para o teatro, normalmente estilizados, exagerados. As perucas são formadas por quatro partes: a parte dos dois lados do rosto (bin), a parte de trás da cabeça (tabo), a parte de cima da cabeça (mage) e a franja (maegami); que podem ser rearranjadas entre si de acordo com as características da personagem. Há uma variedade maior de perucas para personagens masculinas e as perucas usadas nas peças de temática histórica são mais estilizadas. No kabuki há uma música tocada no palco e uma música de fundo. No palco os músicos podem tocar um tipo de música longa (nagauta) ou acompanhar um cantor. Os instrumentos são o shamisen, que estava na moda quando o kabuki surgiu, e alguns possíveis tambores. Já a música de fundo usa alguns instrumentos a mais como a flauta e outros instrumentos de percussão. Os músicos de bastidores são também responsáveis por fazer a sonoplastia da peça. Um importante e característico som de fundo no kabuki é o que é feito batendo-se dois blocos de madeira, chamados hyoshigi.


Bunraku

História
A personagem Osono, da peça Hade Sugata Onna Maiginu.O nome bunraku é derivado do nome do teatro de Osaka que foi o único a manter esta arte até o presente, o Bunraku-za. Esta forma de teatro é também chamado de ningyo joruri em que ningyo significa boneco ou fantoche e joruri é um estilo de canto. A origem do bunraku é desconhecida. Sabe-se que os bonecos eram utilizados religiosamente como meios de imitar as ações e palavras dos deuses e apresentações de bonecos eram feitas em templos para agradar os deuses. Entre os séculos VII e XII havia titereiros, chamados kugutsumawashi, que trabalhavam com uma caixa presa ao pescoço e viajavam de cidade em cidade fazendo apresentações. Durante o século XVI, alguns desses titereiros, que haviam se estabelecido nas imediações da corte, seriam chamados para fazer apresentações para os nobres. Foi nessa época que se combinaram as artes do teatro de bonecos e do canto joruri e só após esta união é que o teatro de marionetes se estabeleceria. Apesar de patrocinado pela corte de Edo, no século XVII, o bunraku se tornaria muito popular entre as classes comerciantes, em especial as de Osaka. Seria aí que, em 1684, Takemoto Gidayu abriria um teatro, o Takemotoza, no qual seriam apresentadas peças escritas por Chikamatsu Monzaemon. A princípio, estas peças tinham uma temática histórica (jidai-mono), mas Monzaemon inovaria ao produzir peças com dramas domésticos (sewa-mono) e também peças com o tema do suicídio provocado por amor que se tornariam muito populares. Ao longo do século XVIII, o bunraku se desenvolveria em relações de competição e cooperação com o kabuki. As mesmas peças eram representadas em uma ou outra forma e os atores do kabuki começaram a imitar os movimentos dos bonecos. Contudo, a popularidade do bunraku começaria a declinar a partir do final do século fazendo com que as dificuldade financeiras fechassem vários teatros até que restasse apenas o Bunraku-za já no século seguinte. Após a Segunda Guerra Mundial, o bunraku receberia financiamento do governo para se manter, mas as aulas particulares também teriam um papel importante nesse sentido. No presente, o bunraku se recupera. Há outros grupos de bunraku fora de Osaka e o teatro Bunrakuza-za faz apresentações durante o ano inteiro, inclusive no exterior.
Características
No bunraku os bonecos são feitos de seis partes: cabeça, ombros, tronco, braços, pernas e vestimenta. Há ainda um pedaço de bambu para dar forma aos quadris. Há setenta tipos de cabeças divididas em vários estereótipos. Há fios que controlam os olhos, sobrancelhas e a boca dos personagens e que se ligam a um buraco no centro da madeira nos ombros. Curiosamente, os bonecos de personagens femininas geralmente não têm pés, já que os quimonos que vestem as cobrem completamente. Inicialmente só havia um controlador para cada boneco, enquanto hoje existem três. O omozukai, mais hábil, controla a cabeça e o braço direito; o hidarizukai controla o braço esquerdo; e o ashizukai controla os pés ou, no caso de personagens femininas, a ponta do quimono para simular o movimento dos pés. O ashizukai também bate os pés para fazer o som do boneco caminhando e para dar ritmo ao shamisen. O controlador do boneco trabalhava sem visto no palco, mas desde que Tatsumatsu Hachirobei, um grande mestre, apareceu ao público na peça "Os suicídios de amor de Shinozaki" (Shinozaki shinju), os três controladores trabalham à vista. Da mesma forma, o tocador de shamisen e o narrador (tayu) não apareciam para o público, mas desde que Takemoto Gidayu cantou na frente do público ficam em uma plataforma à direita do palco. É possível haver mais de um tocador de shamisen e tayu em ocasiões específicas, como a interpretação de uma peça do kabuki.


Takarazuka Kagekidan

História
O Takarazuka Revue começou em Takarazuka, em Hyōgo, Japão, em 1913, fundado por Kobayashi Ichizo, presidente da Hankyu Railways, que teve a idéia de aumentar as vendas dos bilhetes da linha de trens da cidade promovendo apresentações musicais de estilo Ocidental usando apenas garotas solteiras. A companhia de teatro fez sua primeira apresentação em 1914, e em 1924 já havia se tornado popular e obteve seu próprio teatro, o Dai Gekijō. Atualmente, o Takarazuka se apresenta para cerca de 2.5 milhões de pessoas por ano. A maior parte dos fãs é composta por mulheres.
Parte da novidade do Takarazuka é o fato de todos os papéis serem interpretados por mulheres, baseado no modelo original do Kabuki antes que as mulheres fossem banidas do teatro no Japão. As atrizes que interpretam homens são chamadas de otokoyaku (literalmente "papel masculino"), e as que interpretam mulheres, musumeyaku (literalmente "papel de moça" ou "papel de filha"). O figurino e o cenário costumam ser excessivamente chamativos e as performances têm um toque melodramático.
Para se tornar membro do teatro, uma garota deve passar por um treinamento de dois anos no Takarazuka Music School. Todo anos, milhares de garotas de todo o Japão disputam as 40 ou 50 vagas oferecidas. Elas estudam música, dança e canto, entre outras coisas, e obtêm um contrato de sete anos com o teatro.
Características
A companhia é dividida em cinco trupes principais: Hana, Tsuki, Yuki, Hoshi e Sora (Flor, Lua, Neve, Estrela e Céu). Uma sexta trupe, o Senka (Especial), é formada por atrizes mais velhas que não mais fazem parte das trupes principais mas ainda desejam fazer parte do teatro e atuar de tempos em tempos. Hana e Tsuki são as trupes originais, formadas em 1921. A trupe Yuki começou em 1924. A Hoshi começou em 1931, foi desfeita em 1939, e voltou em 1948. A trupe mais nova, Sora, foi formada em 1998.